quinta-feira, 17 de maio de 2012

ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO


Fofo, risonho e simpático, o bebê é muito social até por volta dos 8 meses, quando começa a ter uma atitude desconcertante: recusar o colo que não seja da mamãe, do papai ou de outra pessoa que conviva com ele. A rejeição pode incluir até parentes próximos, como avós e tios. Embora todos admitam que essa é uma reação normal dos pequenininhos, poucos sabem que se trata de um sinal da chamada ansiedade da separação, a qual, apesar do nome, é uma demonstração saudável de amadurecimento.  A recusa de contato é o auge de um processo de auto-reconhecimento e apego que começa no nascimento do bebê. Acontece que, nos primeiros meses, o bebê ainda se confunde com a mãe. Como não tem consciência de si mesmo, também não discrimina as pessoas; vai com todo mundo. Mas, à medida que amadurece, começa a perceber que é um outro indivíduo, separado da mãe. Ao mesmo tempo, seus vínculos afetivos já estão sólidos. Agora que identifica aqueles a quem está mais ligado, o bebê fica receoso ao se afastar deles.
Essa é uma etapa normal e passageira. E que acontece de forma diferente entre os bebês, os mais expressivos podem chorar alto; os mais discretos só demonstram uma certa tensão. Esse jeito próprio não depende muito do estilo de criação, mas é claro que a tranqüilidade dos pais facilita a situação. Até porque a ansiedade vai diminuindo e a separação vai se consolidando naturalmente enquanto o filho cresce e adquire novas habilidades, como andar e falar. Embora seja uma reação de desconforto, a ansiedade deve ser saudada como sinal de que o bebê está amadurecendo também afetivamente. Antes disso, ele demonstra capacidade de reconhecimento num aspecto mais básico: por volta dos 4 meses, começa a protestar contra as mudanças na rotina de cuidados. Por isso, as mães explicam que ele gosta do banho assim, ou qual é o truque para fazê-lo dormir. Se alguém fizer diferente, ele se ressente e chora. A voz da mãe, porém, é suficiente para acalmá-lo, o que é outro sinal de reconhecimento, Mas aí a reclamação ainda é só por cuidados; na ansiedade da separação, já é pela presença dos pais, completa.


Víctor com a vovó Teônia!!


 Víctor com a vovó Helena!!


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